Ontem vi uma notícia do portal G1 sobre jovens que utilizam a internet para ensinar. Isso me deixou, mais uma vez, fascinado com todas as possibilidades, benefícios e oportunidades que a tecnologia e a internet podem trazer para a vida profissional, acadêmica e social de cada um de nós.
Os jovens dessa notícia me lembraram Salman Khan, que criou a Khan Academy. Em 2004, ele começou a ensinar matemática para uma prima por meio de vídeos. Bom, caiu na graça da rede e já são milhares de aulas, além de exercícios, quizzes e ferramentas pedagógicas para professores.
Os jovens da notícia são empreendedores admiráveis que ainda contribuirão muito para a educação.
Essa história toda me fez refletir sobre educação profissional. Em tempos de faculdades para todos os lados, de críticas ferrenhas à educação de baixa qualidade, de apagão de mão-de-obra, de mercado exigente, acredito que uma das mais importantes habilidades a serem desenvolvidas por um profissional é sua capacidade de se educar.
Falo aqui do conceito essencial de educação (em contraste ao conceito de ensino): processo de aquisição de conhecimentos e aptidões para o desenvolvimento do ser humano nos aspectos intelectual, moral e físico; processo que visa uma mudança de comportamento.
A mudança de comportamento que ressalto aqui é aquela em que os indivíduos devem assumir suas responsabilidades, como profissionais e cidadãos. No caso específico da educação profissional, assumir responsabilidade por seu progresso, seu aprimoramento técnico, seus relacionamentos interpessoais; também é responsabilidade dos profissionais, e não das empresas ou dos chefes ou dos RHs, a aquisição de novos conhecimentos, aquisição de novas habilidades.
Há aproximadamente dois anos, conheci o conceito de T-shaped professionals. O traço vertical do T representa a profundidade dos conhecimentos técnicos na área de especialidade de cada profissional. O traço horizontal, por sua vez, representa a capacidade de um profissional adquirir e aplicar conhecimentos em situações diversas da sua área de especialidade; este traço representa a interdisciplinaridade, a capacidade de transitar em áreas diferentes.
Adorei aprender sobre T-shaped people.
Pensei nas diversas possibilidades e necessidades de um professor estender seu traço horizontal e de se educar. Oportunidades online não faltam.
Para começar, Ted. By the way, here's Salman Khan at Ted. Assuntos diversos, incríveis palestrantes. Truly worth spreading.
Outra oportunidade é a rádio CBN. Dentre os diversos ótimos programas, o que contribui muito profissionalmente é o Mundo Corporativo. Os assuntos variam de gestão estratégica a marketing; gestão de tempo a desenvolvimento profissional e gestão de carreira. Vale a pena. Já comprei e li livros depois de ouvir entrevistas nesse programa.
Abaixo uma entrevista com Scher Soares sobre erros na carreira e nos negócios. Mesmo que um profissional não seja ou não tenha a intenção de se tornar gestor ou ter seu próprio negócio, acredito que ter conhecimentos mais abrangentes nessas áreas nos torna profissionais mais completos.
Cursos online são outra forma de aprendizado e educação que qualquer um pode se beneficiar. Tenho duas sugestões. A primeira é a plataforma Coursera, formada por 33 universidades americanas.
Neste ambiente, fiz um curso sobre Model Thinking. O conhecimento de model thinking pode ajudar qualquer profissional a entender melhor o comportamento de indivíduos e grupos, porque e como seus colegas agem de certa forma, porque e como seus alunos adotam certos comportamentos.
Aqui o professor falando sobre o curso.
Outra plataforma fantástica é edX, criada pelo MIT e a University of Harvard.
Abaixo o vídeo de abertura no canal do edX no YouTube.
Assisti algumas aulas sobre Teoria dos Jogos, que explora conceitos estratégicos sobre escolhas e tomadas de decisão. Mais uma vez, qualquer profissional pode se beneficiar desses conhecimentos. Para minha surpresa, tive o mesmo assunto em uma disciplina no MBA.
Há muito tempo fiz um curso online gratuito do SEBRAE sobre plano de negócios. Descobri que abrir um negócio era (e ainda é) muito mais complicado do que eu imaginava.
A UCB - Universidade Católica de Brasília, por meio de seu braço de educação a distância, o Católica Virtual, oferece ótimos cursos de graduação e pós-graduação. Não sei se há cursos gratuitos.
Fiz um curso de especialização e gostei muito. Metodologia efetiva, promoção de interatividade com profissionais de diversos países, conteúdo relevante. Acho apenas que o grau de exigência foi aquém do que eu esperava para o proposta do curso, mas valeu muito.
Com certeza existem várias outras plataformas e ferramentas de ensino online, mas gostaria de falar apenas do que já tive experiência.
Falando especificamente sobre TEFL, minhas referências são Giselle Santos e Carla Arena. Tenho grande admiração pelo trabalho das duas e acho fantástico o que elas conseguem fazer com tecnologia, tanto para seus alunos em sala como para seus colegas professores.
Giselle é autora do blog Feed the Teacher, e-tutor e digital integration especialist. Sabe a história de cada um assumir a responsabilidade por seu desenvolvimento? Pois é, a Giselle tem muito a nos ensinar.
Carla é autora do Collablogatorium e coordenadora no EVO - Electronic Village Online. Para aprender a fazer networking e investigar ferramentas online, é só falar com a Carla.
Tudo isso por causa de uma simples notícia. Visitei dezenas de sites, contatei outros profissionais, assisti vídeos, revi conceitos. Esse rush de fazer todas essas conexões raramente são possíveis em uma sala de aula, em uma sessão de treinamento numa empresa. Esse processo está na mão de cada profissional.
Cheers,
Marcelo
Os jovens dessa notícia me lembraram Salman Khan, que criou a Khan Academy. Em 2004, ele começou a ensinar matemática para uma prima por meio de vídeos. Bom, caiu na graça da rede e já são milhares de aulas, além de exercícios, quizzes e ferramentas pedagógicas para professores.
Os jovens da notícia são empreendedores admiráveis que ainda contribuirão muito para a educação.
Essa história toda me fez refletir sobre educação profissional. Em tempos de faculdades para todos os lados, de críticas ferrenhas à educação de baixa qualidade, de apagão de mão-de-obra, de mercado exigente, acredito que uma das mais importantes habilidades a serem desenvolvidas por um profissional é sua capacidade de se educar.
Falo aqui do conceito essencial de educação (em contraste ao conceito de ensino): processo de aquisição de conhecimentos e aptidões para o desenvolvimento do ser humano nos aspectos intelectual, moral e físico; processo que visa uma mudança de comportamento.
A mudança de comportamento que ressalto aqui é aquela em que os indivíduos devem assumir suas responsabilidades, como profissionais e cidadãos. No caso específico da educação profissional, assumir responsabilidade por seu progresso, seu aprimoramento técnico, seus relacionamentos interpessoais; também é responsabilidade dos profissionais, e não das empresas ou dos chefes ou dos RHs, a aquisição de novos conhecimentos, aquisição de novas habilidades.
Há aproximadamente dois anos, conheci o conceito de T-shaped professionals. O traço vertical do T representa a profundidade dos conhecimentos técnicos na área de especialidade de cada profissional. O traço horizontal, por sua vez, representa a capacidade de um profissional adquirir e aplicar conhecimentos em situações diversas da sua área de especialidade; este traço representa a interdisciplinaridade, a capacidade de transitar em áreas diferentes.
Adorei aprender sobre T-shaped people.
Pensei nas diversas possibilidades e necessidades de um professor estender seu traço horizontal e de se educar. Oportunidades online não faltam.
Para começar, Ted. By the way, here's Salman Khan at Ted. Assuntos diversos, incríveis palestrantes. Truly worth spreading.
Outra oportunidade é a rádio CBN. Dentre os diversos ótimos programas, o que contribui muito profissionalmente é o Mundo Corporativo. Os assuntos variam de gestão estratégica a marketing; gestão de tempo a desenvolvimento profissional e gestão de carreira. Vale a pena. Já comprei e li livros depois de ouvir entrevistas nesse programa.
Abaixo uma entrevista com Scher Soares sobre erros na carreira e nos negócios. Mesmo que um profissional não seja ou não tenha a intenção de se tornar gestor ou ter seu próprio negócio, acredito que ter conhecimentos mais abrangentes nessas áreas nos torna profissionais mais completos.
Cursos online são outra forma de aprendizado e educação que qualquer um pode se beneficiar. Tenho duas sugestões. A primeira é a plataforma Coursera, formada por 33 universidades americanas.
Aqui o professor falando sobre o curso.
Outra plataforma fantástica é edX, criada pelo MIT e a University of Harvard.
Assisti algumas aulas sobre Teoria dos Jogos, que explora conceitos estratégicos sobre escolhas e tomadas de decisão. Mais uma vez, qualquer profissional pode se beneficiar desses conhecimentos. Para minha surpresa, tive o mesmo assunto em uma disciplina no MBA.
Há muito tempo fiz um curso online gratuito do SEBRAE sobre plano de negócios. Descobri que abrir um negócio era (e ainda é) muito mais complicado do que eu imaginava.
A UCB - Universidade Católica de Brasília, por meio de seu braço de educação a distância, o Católica Virtual, oferece ótimos cursos de graduação e pós-graduação. Não sei se há cursos gratuitos.
Fiz um curso de especialização e gostei muito. Metodologia efetiva, promoção de interatividade com profissionais de diversos países, conteúdo relevante. Acho apenas que o grau de exigência foi aquém do que eu esperava para o proposta do curso, mas valeu muito.
Com certeza existem várias outras plataformas e ferramentas de ensino online, mas gostaria de falar apenas do que já tive experiência.
Falando especificamente sobre TEFL, minhas referências são Giselle Santos e Carla Arena. Tenho grande admiração pelo trabalho das duas e acho fantástico o que elas conseguem fazer com tecnologia, tanto para seus alunos em sala como para seus colegas professores.
Giselle é autora do blog Feed the Teacher, e-tutor e digital integration especialist. Sabe a história de cada um assumir a responsabilidade por seu desenvolvimento? Pois é, a Giselle tem muito a nos ensinar.
Carla é autora do Collablogatorium e coordenadora no EVO - Electronic Village Online. Para aprender a fazer networking e investigar ferramentas online, é só falar com a Carla.
Tudo isso por causa de uma simples notícia. Visitei dezenas de sites, contatei outros profissionais, assisti vídeos, revi conceitos. Esse rush de fazer todas essas conexões raramente são possíveis em uma sala de aula, em uma sessão de treinamento numa empresa. Esse processo está na mão de cada profissional.
Cheers,
Marcelo
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