A Câmara Legislativa do Distrito Federal fez uma bela campanha para a população escolher a nova logomarca da casa. Faz todo sentido. Sede nova, logomarca nova. Legal.
O problema, na minha opinião, é que a campanha para escolha da logomarca foi melhor do que qualquer campanha que beneficiasse a população.
O discurso bonito da escolha da nova logomarca é que o processo simboliza uma nova Câmara Legislativa e sua transparência. Hein? A escolha da logomarca pela população tem relação com a transparência dos legisladores? Pelamordedeus!
O texto diz: E, para marcar essa etapa na sua história, onde a população tem mais voz ativa e participação...
Como é? Mais voz porque podemos escolher uma logomarca?
Vou continuar e volto a esse assunto mais a diante.
Sexta, 14 de setembro, foi exonerado o administrador de Águas Claras por ter utilizado um milhão de reais para produção de gibis supostamente educativos. Numa população de alto poder aquisitivo e normalmente alto nível de educação, o que exatamente pretendia o ex-administrador da cidade?
Bom, esse já foi. Uma auditora será realizada e espero que não acabe em pizza. Entretanto, há um outro lado mais sujo ainda dessa história que retrata uma máfia dentro da Administração de Águas Claras que o ex-administrator teria descoberto, por isso sua demissão por causa dos gibis.
Voltando aos gibis... o que não ouvi ou li ninguém dando muita importância é para o fato de que o ex-administrador apenas conseguiu a verba depois que o deputado distrital Olair Francisco, do PTdoB, assinou a mudança de uma emenda parlamentar mudando a destinação de três milhões de reais originalmente reservados para obras de urbanização em Águas Claras.
E agora? Ninguém vai responsabilizar o tal deputado? Ele disse que o administrador era de sua confiança e se, uma pessoa de confiança diz que precisa de um milhão para fazer gibis, ele libera um milhão. Foi isso que eu o ouvi dizer à rádio CBN.
Resolvi escrever para o deputado em que votei há dois anos, Joe Valle. Perguntei a ele o que aquela casa legislativa pretendia fazer sobre o caso. Eu esperava pelo menos uma investigação conduzida pela corregedoria ou um pedido de explicações pelo conselho de ética.
A resposta de um de seus assessores foi:
Bom dia!
Nova sede da Câmara Legislativa do DF |
O problema, na minha opinião, é que a campanha para escolha da logomarca foi melhor do que qualquer campanha que beneficiasse a população.
O discurso bonito da escolha da nova logomarca é que o processo simboliza uma nova Câmara Legislativa e sua transparência. Hein? A escolha da logomarca pela população tem relação com a transparência dos legisladores? Pelamordedeus!
Página de votação da nova logomarca |
O texto diz: E, para marcar essa etapa na sua história, onde a população tem mais voz ativa e participação...
Como é? Mais voz porque podemos escolher uma logomarca?
Vou continuar e volto a esse assunto mais a diante.
Sexta, 14 de setembro, foi exonerado o administrador de Águas Claras por ter utilizado um milhão de reais para produção de gibis supostamente educativos. Numa população de alto poder aquisitivo e normalmente alto nível de educação, o que exatamente pretendia o ex-administrador da cidade?
Bom, esse já foi. Uma auditora será realizada e espero que não acabe em pizza. Entretanto, há um outro lado mais sujo ainda dessa história que retrata uma máfia dentro da Administração de Águas Claras que o ex-administrator teria descoberto, por isso sua demissão por causa dos gibis.
Voltando aos gibis... o que não ouvi ou li ninguém dando muita importância é para o fato de que o ex-administrador apenas conseguiu a verba depois que o deputado distrital Olair Francisco, do PTdoB, assinou a mudança de uma emenda parlamentar mudando a destinação de três milhões de reais originalmente reservados para obras de urbanização em Águas Claras.
E agora? Ninguém vai responsabilizar o tal deputado? Ele disse que o administrador era de sua confiança e se, uma pessoa de confiança diz que precisa de um milhão para fazer gibis, ele libera um milhão. Foi isso que eu o ouvi dizer à rádio CBN.
Resolvi escrever para o deputado em que votei há dois anos, Joe Valle. Perguntei a ele o que aquela casa legislativa pretendia fazer sobre o caso. Eu esperava pelo menos uma investigação conduzida pela corregedoria ou um pedido de explicações pelo conselho de ética.
A resposta de um de seus assessores foi:
Bom dia!
Prezado Marcelo,
o caso será estudado pelo executivo e, com certeza, julgue ser necessário, esta Casa de Leis tomará as devidas providências.
Att,
By the way, a mensagem que enviei e a resposta acima estão devidamente guardadas em minha caixa de entrada.
É até bonito... esta Casa de Leis... julgue ser necessário...
Eu não entendo nada de direito ou regulamento da Câmara Legislativa, mas por que o executivo deve estudar o caso? Quem assinou a desvirtuação da emenda foi um deputado, não o governador ou um secretário de governo.
Voltando à logomarca. Será que essa resposta vaga, cheia de espírito de corpo é o que os deputados entendem por dar mais voz ao povo? Sinceramente espero que não. Não é uma sede nova, uma logomarca nova que mudarão a atitude dos deputados.
Marcelo
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