Agosto é um mês invejoso. Não admitiu ser mais curto do que Julho e quem sofreu foi Fevereiro.
Ah, o que seria da humanidade sem essas intrigas.
Nah, acho que o acréscimo de um dia a Agosto foi feita apenas para coincidir com ossos da mão. Não tem nada a ver com o ego de César Augusto.
De minha parte, prefiro ficar longe dessa briga e simplesmente aproveitar os trinta e um longos dias do interminável mês de agosto.
O calor aumenta. Brasília parece ainda mais um deserto, trinta e um graus durante o dia, quinze à noite, treze por cento de umidade relativa do ar nas horas mais quentes do dia.
Ah, que confortável.
É assim todo santo ano, mas ainda temos repeteco das reportagens sobre a baixa umidade do ar, toalha molhada no quarto, aumento da incidência de doenças respiratórias, os hospitais que não têm médicos para atender as crianças, o governo que não contrata mais médicos, a lei de responsabilidade fiscal que serve como desculpa para não atender a população doente, o programa que governo que não é cumprido, o governador que decepciona.
É isso.
Agosto.
Alaranjado. Uma mistura de amarelo e vermelho e marrom. A cor de Agosto está no ar. Um cheiro diferente, ocre, oxidado, câmera lenta, rarefeito.
E o que dizer dos ipês. São realmente muito lindos. No meio desse cheiro estranho, da visão quase distorcida, surgem os amarelos, roxos e brancos. As únicas imagens nítidas neste ambiente turvo.
Neste ano ainda houve um bônus. Impeachment da presidente. Para uns isso vai apenas reforçar a fama de um mês desgostoso, desgracento.
Para outros, o impedimento trará certo ânimo e boas memórias ao oitavo mês do ano.
O engraçado é que ambos os lados bradaram e vangloriaram suas lutas em nome da democracia, do povo, do Brasil. Canalhas gritaram os do sim. Canalhas gritaram os do não.
Quarta de manhã e à tarde, impeachment, mas sem perda dos direitos políticos, viu?
Santa hipocrisia.
À noite, voltamos ao futebol. Hoje é quarta.
Até ano que vem, Agosto. Que venha Setembro.
Marcelo Elias
Ah, o que seria da humanidade sem essas intrigas.
Nah, acho que o acréscimo de um dia a Agosto foi feita apenas para coincidir com ossos da mão. Não tem nada a ver com o ego de César Augusto.
De minha parte, prefiro ficar longe dessa briga e simplesmente aproveitar os trinta e um longos dias do interminável mês de agosto.
O calor aumenta. Brasília parece ainda mais um deserto, trinta e um graus durante o dia, quinze à noite, treze por cento de umidade relativa do ar nas horas mais quentes do dia.
Ah, que confortável.
É assim todo santo ano, mas ainda temos repeteco das reportagens sobre a baixa umidade do ar, toalha molhada no quarto, aumento da incidência de doenças respiratórias, os hospitais que não têm médicos para atender as crianças, o governo que não contrata mais médicos, a lei de responsabilidade fiscal que serve como desculpa para não atender a população doente, o programa que governo que não é cumprido, o governador que decepciona.
É isso.
Agosto.
Alaranjado. Uma mistura de amarelo e vermelho e marrom. A cor de Agosto está no ar. Um cheiro diferente, ocre, oxidado, câmera lenta, rarefeito.
E o que dizer dos ipês. São realmente muito lindos. No meio desse cheiro estranho, da visão quase distorcida, surgem os amarelos, roxos e brancos. As únicas imagens nítidas neste ambiente turvo.
Neste ano ainda houve um bônus. Impeachment da presidente. Para uns isso vai apenas reforçar a fama de um mês desgostoso, desgracento.
Para outros, o impedimento trará certo ânimo e boas memórias ao oitavo mês do ano.
O engraçado é que ambos os lados bradaram e vangloriaram suas lutas em nome da democracia, do povo, do Brasil. Canalhas gritaram os do sim. Canalhas gritaram os do não.
Quarta de manhã e à tarde, impeachment, mas sem perda dos direitos políticos, viu?
Santa hipocrisia.
À noite, voltamos ao futebol. Hoje é quarta.
Até ano que vem, Agosto. Que venha Setembro.
Marcelo Elias
Comments
Post a Comment