Empresas e funcionários, cada um, têm suas responsabilidades.
As empresas têm de seguir as leis, tratar seus funcionários de forma respeitosa e ética, oferecer treinamento, pagar salários e benefícios pontualmente, oferecer boas condições de trabalho e cobrar resultados proporcionais às condições oferecidas e ao contexto do mercado.
Funcionários, por outro lado, têm a responsabilidade de fazer o melhor trabalho possível, com honestidade, ética e verdadeiro espírito de crescimento - pessoal e, consequentemente, da empresa também.
Provavelmente estou sendo utópico, naive, mas é triste ver e ouvir funcionários - públicos ou privados - responsabilizando a empresa ou o órgão onde trabalham por seu insucesso ou por suas dificuldades financeiras ou, até, pessoais.
Recentemente, falei para professores de inglês sobre carreiras. No final da minha fala, utilizei cartoons para oferecer algumas dicas aos participantes. Uma das ditas era What type of company do you want to work for? juntamente com a seguinte imagem.
Meu ponto era mostrar que a responsabilidade de permanecer em uma empresa é sua. Aceitar abusos como o desse cartoon depende de você.
Uma vez, assisti a uma entrevista do Waldez Ludwig, psicólogo e consultor em gestão empresarial. Também já tive a oportunidade de assisti-lo ao vivo em um Fórum de Gerentes da Cultura Inglesa. Como muitos conferencistas, ele é muitas vezes um entertainer e aborda os assuntos superficialmente.
Entretanto, um aspecto me chamou atenção na palestra e na entrevista. Ele fala sobre empreendedorismo (interno*) e sobre a postura de funcionários que trabalham mal porque o salário é baixo. Ele pega pesado e chama esse tipo de funcionário de escravo. Em contra partida, as empresas têm gerentes capatazes, que só servem para supervisionar o trabalho dos outros. Eles próprios - os gerentes capatazes - não têm habilidade alguma e logo perderão seu espaço no mercado.
*Empreendedorismo interno é a habilidade de um profissional de agir como empreendedor dentro de uma organização. Para ser empreendedor não é necessário abrir seu próprio negócio ou se aventurar no mercado como pessoa jurídica. Pode-se agir de forma empreendedora trabalhando para uma empresa.
Durante a entrevista, um convidado pergunta: O funcionário que é maravilhoso e que nunca é reconhecido tem que se demitir da empresa? Waldez: Claro que tem que sair... sai dessa desgraça que cê tá!
Vale a pena assistir à entrevista.
Isso é uma coisa tão óbvia, mas poucos entendem. As pessoas, em geral, preferem jogar a responsabilidade para cima dos outros. No mundo corporativo, a responsabilidade é da empresa, do chefe, dos colegas chatos.
Sucesso a todos.
ME
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