Em outubro, no Fórum de Gerentes, um dos grupos falou sobre equilíbrio e levou dois instrutores de slackline para montar a fita. Antes dos seminários e nos intervalos, a galera foi lá para experimentar.
Gostei da brincadeira. Na semana seguite, comprei uma slackline. Fácil de montar, mas difícil de andar.
Nas minhas tentativas, acabei traçando algumas comparações entre andar numa slackline e uma trajetória corporativa.
O instrutor deixou bem claro que primeiramente deve-se conseguir subir na fita e se manter equilibrado. Apenas depois que você já está seguro e equilibrado em uma perna e já aprendeu a compensar os movimento de queda é que se deve andar.
Beleza, lição aprendida. Fui para o parque, montei a slackline, fiquei quase uma hora para conseguir me manter equilibrado na perna esquerda. Pronto. Posso arriscar meus primeiros passos.
Não deu certo. Aprendi nesse primeiro passo que não adianta reforçar e preparar apenas uma das pernas. É necessário passar pelo mesmo processo de preparação e reforço com a outra perna antes de tentar andar. Óbvio, né, afinal usam-se as duas pernas para caminhar.
No mundo corporativo, não adianta apenas uma preparação técnica fabulosa. Boas escolas, faculdades, muito estudo, pós graduação. A outra perna do sucesso profissional é a preparação para relações interpessoais.
Sim, preparação. Para algumas pessoas, relacionar-se é natural. Mas nem todo mundo é assim. Então, auto-conhecimento é essencial para cada um descobrir seus pontos fortes e fracos e compreender o que precisa desenvolver.
Outro ponto importante, tanto para slacklining como para o mundo corporativo é o tempo de preparação. Não adianta ter pressa. Paciência é essencial. Tentar andar antes de as pernas estarem firmes significa uma queda prematura.
Jovens profissionais querem promoções rápidas e fáceis, sem terem passado pela preparação necessária, sem terem acumulado experiência suficiente. Vai cair rápido. Pelo menos a slackline não perdoa.
A importância de metas e objetivos é outra lição que se concretiza facilmente ao se praticar slackline. Na primeira vez que subi na fita o instrutor disse para eu não olhar para baixo, mas para frente, de preferência num ponto fixo na árvore que estava na outra ponta da fita. Como um objetivo, um ponto futuro.
Ok, aluno aplicado que sou, fiz exatamente como o professor disse. É verdade, olhar para os pés prejudica o equilíbrio, o melhor é olhar para frente. Entretanto, mesmo depois de reforçar ambas as pernas, eu conseguia muitos poucos passos.
Sim, eu tinha um objetivo: chegar à outra ponta da fita, dar vários passos. Mas esse objetivo ainda não estava concreto o suficiente.
Hoje, o objetivo se concretizou, virou uma meta.
Por uma acaso, Clara e Sofia estavam sentadas na outra ponta e a Sofia falou Chega em mim, pai. E a Clara É, pai, vem até aqui. Pimba! Caminhei ao longo de toda a linha, sem hesitação. Para minha própria surpresa, cheguei até elas e toquei na Sofia. Caí logo depois.
As instruções eram simples: uma perna primeiro, braços abertos, olhando para frente; não olhe para baixo, o passo deve ser intuitivo; utilize os braços e a outra perna para manter o equilíbrio, compensando para a direção oposta à da queda do corpo.
Eu aprendendo a me equilibrar sobre em uma slackline |
Gostei da brincadeira. Na semana seguite, comprei uma slackline. Fácil de montar, mas difícil de andar.
Nas minhas tentativas, acabei traçando algumas comparações entre andar numa slackline e uma trajetória corporativa.
O instrutor deixou bem claro que primeiramente deve-se conseguir subir na fita e se manter equilibrado. Apenas depois que você já está seguro e equilibrado em uma perna e já aprendeu a compensar os movimento de queda é que se deve andar.
Beleza, lição aprendida. Fui para o parque, montei a slackline, fiquei quase uma hora para conseguir me manter equilibrado na perna esquerda. Pronto. Posso arriscar meus primeiros passos.
Não deu certo. Aprendi nesse primeiro passo que não adianta reforçar e preparar apenas uma das pernas. É necessário passar pelo mesmo processo de preparação e reforço com a outra perna antes de tentar andar. Óbvio, né, afinal usam-se as duas pernas para caminhar.
No mundo corporativo, não adianta apenas uma preparação técnica fabulosa. Boas escolas, faculdades, muito estudo, pós graduação. A outra perna do sucesso profissional é a preparação para relações interpessoais.
Sim, preparação. Para algumas pessoas, relacionar-se é natural. Mas nem todo mundo é assim. Então, auto-conhecimento é essencial para cada um descobrir seus pontos fortes e fracos e compreender o que precisa desenvolver.
Outro ponto importante, tanto para slacklining como para o mundo corporativo é o tempo de preparação. Não adianta ter pressa. Paciência é essencial. Tentar andar antes de as pernas estarem firmes significa uma queda prematura.
Jovens profissionais querem promoções rápidas e fáceis, sem terem passado pela preparação necessária, sem terem acumulado experiência suficiente. Vai cair rápido. Pelo menos a slackline não perdoa.
A importância de metas e objetivos é outra lição que se concretiza facilmente ao se praticar slackline. Na primeira vez que subi na fita o instrutor disse para eu não olhar para baixo, mas para frente, de preferência num ponto fixo na árvore que estava na outra ponta da fita. Como um objetivo, um ponto futuro.
Ok, aluno aplicado que sou, fiz exatamente como o professor disse. É verdade, olhar para os pés prejudica o equilíbrio, o melhor é olhar para frente. Entretanto, mesmo depois de reforçar ambas as pernas, eu conseguia muitos poucos passos.
Sim, eu tinha um objetivo: chegar à outra ponta da fita, dar vários passos. Mas esse objetivo ainda não estava concreto o suficiente.
Hoje, o objetivo se concretizou, virou uma meta.
Clara e Sofia. Agora sei aonde tenho de chegar |
Parece que as meninas me fizeram pensar maior, me fizeram me concentrar numa meta que realmente importava, não apenas um ponto na outra ponta da minha.
Todas as outra vezes que subi na slackline, eu consegui chegar ao outro lado, inclusive fazendo caretas e palhaçadas para as meninas. Talvez, por causa disso eu tenha conseguido caminhar pela fita.
Em uma ocasião, conseguir fazer a volta!
No mundo corporativo, o efeito das metas é como o efeito da meninas. É a concretização do objetivo, é o foco.
Mas não é tão simples assim, não é só estabelecer qualquer meta.
Montei a slackline várias vezes e em distâncias diferentes. Quanto mais curta a fita, mais estabilidade ela tem. Não é só uma questão de distância, mas de estabilidade da fita. Quanto a distância é muito longa, a fita balança muito, é como se os joelhos não tivessem qualquer estabilidade.
O fato de eu ter montado a slackline entre duas árvores mais próximas, é como seu eu tivesse calibrado a meta. Ela se tornou realizável, atingível. Se a fita estivesse 50% mais distante, talvez nem mesmo a presença das meninas me faria chegar à outra ponta.
Com a meta calibrada, cheguei ao outro lado e voltei. Estou pronto para metas mais ousadas agora.
Outra possível analogia entre slacklining e o caminho corporativo é o fato de que praticar ambas atividades sozinho é muito chato. O bom mesmo é ter companhia para nos incentivar, para estabelecer parâmetros e, acima de tudo, para ensinarmos e aprendermos.
O bom mesmo, o que dá aquela sensação de completude, é o fato de progredirmos na linha corporativa e promovermos o progresso de quem está a nossa volta. Quem quer, é claro.
Obviamente, como em qualquer área da vida, há pessoas que subirão em uma slackline e andarão como se estivessem em terra firme. Estas pessoas devem praticar qualquer esporte com total naturalidade. Como também há profissionais fora da curva que se destacam em tudo o que fazem, que executam qualquer tarefa com excelência, que se adaptam a qualquer ambiente facilmente.
Well, this is not my case. This is why I'm constantly scaffolding my corporate schemata.
Cheers.
Marcelo
Todas as outra vezes que subi na slackline, eu consegui chegar ao outro lado, inclusive fazendo caretas e palhaçadas para as meninas. Talvez, por causa disso eu tenha conseguido caminhar pela fita.
Em uma ocasião, conseguir fazer a volta!
No mundo corporativo, o efeito das metas é como o efeito da meninas. É a concretização do objetivo, é o foco.
Mas não é tão simples assim, não é só estabelecer qualquer meta.
Montei a slackline várias vezes e em distâncias diferentes. Quanto mais curta a fita, mais estabilidade ela tem. Não é só uma questão de distância, mas de estabilidade da fita. Quanto a distância é muito longa, a fita balança muito, é como se os joelhos não tivessem qualquer estabilidade.
O fato de eu ter montado a slackline entre duas árvores mais próximas, é como seu eu tivesse calibrado a meta. Ela se tornou realizável, atingível. Se a fita estivesse 50% mais distante, talvez nem mesmo a presença das meninas me faria chegar à outra ponta.
Com a meta calibrada, cheguei ao outro lado e voltei. Estou pronto para metas mais ousadas agora.
Outra possível analogia entre slacklining e o caminho corporativo é o fato de que praticar ambas atividades sozinho é muito chato. O bom mesmo é ter companhia para nos incentivar, para estabelecer parâmetros e, acima de tudo, para ensinarmos e aprendermos.
Clara na slackline. Foto da Sofia |
Sofia na slackline. Foto da Clara |
Obviamente, como em qualquer área da vida, há pessoas que subirão em uma slackline e andarão como se estivessem em terra firme. Estas pessoas devem praticar qualquer esporte com total naturalidade. Como também há profissionais fora da curva que se destacam em tudo o que fazem, que executam qualquer tarefa com excelência, que se adaptam a qualquer ambiente facilmente.
Well, this is not my case. This is why I'm constantly scaffolding my corporate schemata.
Cheers.
Marcelo
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