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Showing posts from August, 2014

Nenhum Sorriso

Já comentei quão sortudo eu sou por morar perto do trabalho e andar sempre contra fluxo. Vou e volto, tudo parado do lado de lá e eu chego no trabalho ou em casa em treze minutos e vinte e cinco segundos. Nos raros momentos em que preciso enfrentar o trânsito parado são ocasiões de observação. Sexta-feira preguiçosa, de cara amassada. Ocre no ar, no cheiro. Sexta-feira cansada. Olhei para um lado, para o outro, retrovisor e ninguém sorria. Nem um sorriso. Nenhum mesmo. Quase chegando ao meu primeiro destino, a passageira do carro do meu lado esquerdo parecia estar sorrindo, mas quando virou o rosto para a janela    : / Até encostou a cabeça para trás num movimento de ai meu deus do céu. Acaba logo. Nem pedestres sorriam. Motoristas de ônibus, passageiros, motoristas de carrões, carros médios, carrinhos; ciclistas, skatistas. Nada. Ninguém. Nem um sorriso. Nenhunzinho. Será que é a previsão de trinta e dois graus e vinte por cento de umidade relativa do