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10 fatores para o fracasso

A Rádio CBN tem um ótimo programa sobre gestão de negócios, marketing, gestão de carreiras e afins: Mundo Corporativo. Most of the interviews have contributed greatly for my scaffolding.



Na entrevista que foi ao ar hoje, o gestor e consultor Scher Soares falou sobre as 10 causas mais comuns do fracasso. Eu prefiro uma abordagem mais positiva sobre fatores que geram sucesso, mas analisar o que não fazer também pode ser válido.

Antes dos tais dez fatores...

Um conceito muito interessante que passei a refletir depois dessa entrevista foi o de sustentabilidade da carreira. Sustentabilidade virou lugar comum, mas vale a reflexão.

Uma carreira (ou carreiras) sustentável é aquela que necessariamente emerge a partir do desenvolvimento técnico e desenvolvimento pessoal, sendo que este último precede o primeiro.

Uma carreira pode ser vista como um sistema dinâmico e que envolve elementos diversos. Manter esse sistema com alto nível de motivação e energia significa construir um sistema sustentável.

Agora, as dez causas mais comuns do fracasso.

1. Falta de objetivos definidos - perde-se tempo e energia porque não há um norte para a carreira e, principalmente, para a vida. Pensa-se, então, em missão e visão. Esses conceitos também devem ser aplicados para carreiras e para vida, mesmo que intuitivamente.

Uma grande amiga e gestora, Si Correa, tem um objetivo muito claro. Outro dia ela me disse que quer fazer as pessoas em volta dela felizes. Pronto. Simples assim. Todas as suas ações têm esse alvo. E os resultados aparecem.

Outro ótimo exemplo é um ex-aluno. Cabeleireiro, batalhador, bem sucedido, vê seu salão de beleza e sua profissão como instrumentos para trazer mais beleza e, consequentemente, felicidade para seus clientes.

Fonte: Citador

2. Traçar objetivos inadequados - são objetivos não sustentáveis, que não geram motivação ou energia suficiente para um profissional persistir na busca das conquistas profissionais e pessoais.

3. Colocar a culpa no outros - já escrevi neste blog um pouco sobre se assumir responsabilidades.

4. Assumir toda responsabilidade - interessante. Nunca pensei nisso como fator de fracasso, mas como sinal de coragem, honestidade e correção. Esta atitude pode gerar baixa auto-estima, auto-censura e, no limite, auto-sabotagem e auto-destruição.

Esses dois itens mais recentes, me levaram a refletir sobre o fato de que um gestor é o responsável pelo que acontece em sua área de gestão. Ainda acredito nisso. Se um subordinado comete um erro, quem, no final das contas, responderá pelo erro será o gestor. Certo? Depois de assumir toda a responsabilidade é um fator de fracasso, tenho que entender isso melhor.

Vou tentar perceber isso na prática. Ainda não consigo ver como ser responsável por quase tudo, mas não por tudo. O gestor tem de ser responsável por seu setor, sua equipe e resultados perante clientes, pares e superiores. Quando se pode dizer que um evento ou resultado não é sua responsabilidade?

Na entrevista, Scher fala o seguinte sobre o assunto: "O caminho é o realismo. É a capacidade de avaliar as coisa de maneira muito dissociada, isolar os fatos, localizar os problemas, identificar as causas e dar o tratamento adequado."

O problema é que para eu não ser responsável por tudo, eu precisaria que quem está à minha volta também tenha esta mesma capacidade de análise. Como isso não é possível, as responsabilidades continuam sendo minhas. Tanto as de assumir a responsabilidade como a de detectar quando a responsabilidade não é minha.

Continuando.

5. Não planejar ou não saber planejar.

6. Escolha de um longo caminho - acontece quando alguém acredita que há muitos pré-requisitos para se atingir um objetivo ou se alcançar uma posição almejada. Entendi como um excesso de planejamento e falta de ação.

7. Tomar atalhos para subir na carreira - politicagem; passar por cima de tudo e de todos, no matter what; comportamentos anti-éticos; e eu acrescentaria puxassaquismo.

7.1. Ilusão do sucesso - principalmente o que vem muito cedo. Há o risco de aquele que ascendeu à uma posição que promove boa remuneração e poder  se torne obsoleto, limitado, arrogante. Mais uma vez, carreira sem sustentabilidade.



8. Desistir cedo demais - persistência e resiliência. Sobre esse último item, também já escrevi um pouco.

9. Negligenciar pequenas coisas.

Outro ponto complicado. Keep an eye on the big picture, but do not lose sight of the little things. Too much attention on the details will make you lose focus on the strategic aspects of your actions as a leader. However, the little details make a big difference to clients and if too many little things go wrong, the results will not be as positive.

And here we are, back to the responsibility issue. Being a leader, a manager, I have to be responsible for the little actions that may affect the results and the perception of the clients which add up to for a big picture of strategic events.

Pretty simple.

10. Fardo do passado - a velha máxima de que o sucesso do passado não é garantia de sucesso no futuro. Mas o entrevistado acrescenta que o fracasso do passado não significa fracasso no futuro. Valeu a pena.

Ao longo da entrevista, outros aspectos surgiram. Falou-se, por exemplo, da teoria de Malcolm Gladwel, que defende a regra das 10.000 horas. Segundo esta regra, deve-se ter 10.000 horas de prática para se atingir a excelência.

Outra ideia que surgiu foi aquela sobre a zona de conforto. Também muito batida. Mas me fez lembrar de uma frase de Peter Drucker: "Como gerente você é pago para estar desconfortável. Se você está confortável, é um sinal seguro de que você está fazendo as coisas erradas."

Comforting.

Synapsis contributing to scaffolding.

ME

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